Apologética Católica

Entenda porque a Igreja Católica é Santa – Parte I


A Celebração solene da Santa Missa na Santa Igreja Católica

A santidade é também uma marca da Verdadeira Igreja. Em nosso credo dizemos “Creio na Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica.”

Cada sociedade, organização ou instituição é fundada para um fim especial. Há sociedades formadas como o intuito promoverem as inter-relações sociais de seus membros, outras são organizadas para promoverem benefícios temporais, ou ainda com o propósito de cultivarem atividades literárias, etc. A Igreja Católica é uma instituição fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo para a santificação de seus membros, assim, São Pedro  chama a todos os cristãos de seu tempo  de santos: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”[I. Pet. 2, 9.]

O exemplo de nosso Divino fundador, Jesus Cristo, as sublimes lições morais ensinadas por Ele, os Sacramentos que Ele instituiu – tudo tendem à santificação.  Todos el3s se concentram em nossas almas, como raios celestiais, que iluminam e inflamam o fogo da devoção.

Quando a Igreja fala à nós dos atributos de nosso Senhor,  de Sua justiça, misericórdia, santidade e verdade, seu objetivo não é meramente  exaltar as perfeições divinas, mas exortar-nos a imitá-las e sermos como Ele, justos, misericórdiosos, santos e verdadeiros. Eis o modelo sublime colocado diante de nós! Não é um homem, ou um anjo, mas Jesus Cristo, o Filho de Deus, “Quem, senão Jesus Cristo, o Filho de Deus,  é o resplendor da Sua glória, e a figura de Sua substância.” [Heb. I. 3.] A Igreja coloca Sua imagem sobre seus altares, admoestando-nos a “sermos e fazermos de acordo com o padrão mostrado no monte.” E das alturas Ele parece dizer-nos: “Sede santos, porque eu, o Senhor, teu Deus, sou santo.” [Lev. 19. 2.] “Sede perfeitos.” [Mat. 5. 48.] “Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados.” [Efes. 5. 1.]

Somos convidados a vivermos vidas santas, não apenas porque nosso divino fundador, Jesus Cristo, era santo, mas porque levamos seu doce, santo e venerável nome,  somos chamados Cristãos. Esse é um nome que não se troca nem  por todos os altissonantes títulos de príncipe ou imperador. Somos com justiça orgulhosos desta denominação Cristã, porque somos relemebrados que ela carraga anexeado a si uma obrigação à sua altura. Não é um nome inativo, mas um cheio de significado solene; porque um cristão, como o próprio nome implica, é um seguidor e discípulo de Cristo – alguém que caminha sobre as pegadads de seu Mestre e observa Seus preceitos, alguém que reproduz em sua própria vida o caráter e as virtudes do seu Modelo Divino. Em outras palavras, um cristão é um outro Cristo. Seria, portanto, uma contradição de termos se um cristão não tivesse nada em comum com o seu Senhor, exceto o nome. Um discípulo deve imitar ao seu mestre, o soldado deve imitar ao seu comandante, os membros da Igreja imitam à sua Cabeça, Jesus Cristo.

A Igreja constantemente faz alusões à santidade pondo nas mentes de seus filhos a Encarnação, vida e morte de nosso Salvador. O que poderia apelar mais fortemente à uma vida piedosa  que a contemplação de Jesus nascendo num estábulo, vivendo uma vida humilde em Narazé, morrendo na Cruz, para que Seu Sangue nos pudesse purificar a todos  que cremos Nele? Se Ele enviou apóstolos para pregarem o Evangelho ao mundo todo, se em Seu nome templos foram erguidos em cada nação, e missionários enviados às extremidades do globo, tudo isso foi feito para que nós fossemos santos. “Deus”, diz Paulo, “… deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, o homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” (Efésios 4:11-13)

A lei moral que a Igreja Católica incute em seus filhos é o mais alto e mais sagrado padrão de perfeição jamais apresentado a quaisquer pessoas porque ela fornece os incentivos mais fortes para a virtude.

Os mesmos preceitos divinos entregues através de Moisés para os judeus, no Monte Sinai, os mesmos avisos salutares que os profetas proferiam em toda a Judéia, as mesmas lições sublimes e consoladoras de moralidade que Jesus deu no Monte – estas são as lições que a Igreja ensina de janeiro até dezembro, ano após ano. O pregador católico fiel ao ensinamento ao Vaticano e à fé católica, não diverte o público  com temas especulativos ou discursos políticos, ou quaisquer outros assuntos de natureza transitória. Ele prega apenas “Cristo e este crucificado.”

A Igreja acelera o zelo de seus filhos para a santidade da vida, imprimindo em suas mentes o rigor dos julgamentos de Deus, que “trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações”, lembrando-os da terrores do inferno e das doces alegrias do céu.

Os católicos são instruídos não apenas na igreja aos domingos, mas eles são exortados a lerem a Palavra de Deus e manuais de devoção, em casa. Os santos, cujas vidas estão ali registradas, servem como estrelas brilhantes para orientá-los através do oceano tempestuoso da vida às margens da eternidade, enquanto a história daqueles que caíram em desgraça se ergue como um farol, alertando-os para evitarem as pedras contra as quais Salomão e Judas, por exemplo, fizeram naufrágio de suas almas.

Nossos livros de devoção são adaptados a cada carência da alma humana, e são uma fonte fecunda de santificação. Quem pode ler sem benefícios espirituais obras tais como as de Thomas Kempis, ou a Perfeição Cristã de Rodriguez, o Combate Espiritual de Scupoli; os escritos de São Francisco de Sales, e uma série incontável de outros autores ascéticos?

Pode-se procurar em vão fora da Igreja Católica por escritores comparáveis ​​em unção e piedade. Compare, por exemplo, Kempis com o “Progresso de um Peregrino” de Bunyan, ou “Vidas dos Santos” com “Livro dos Mártires” de Foxe. Ao terminar “Vida dos Santos” tem-se  uma devoção doce e tranquila, e  uma profunda admiração pelos heróis cristãos cujas vidas o livro registra, enquanto põe-se de lado o “Livro dos Mártires” com uma mente perturbada e um sentimento de amargura .  Isso para não falar do Livro de Oração Comum dos protestantes reformados Epicospais e Anglicanos, porque a melhor parte dele é, na verdade, uma tradução do nosso Missal Católico! Os protestantes também publicasm autores como Kempis, embora às vezes de uma forma mutilada, onde cada passagem do original que faz alusão às doutrinas e práticas católicas é cuidadosamente omitida.

A Igreja nos dá não só os motivos mais prementes, mas também os meios mais potentes para a nossa santificação. Esses meios são fornecidos pela oração e os Sacramentos. Ela nos exorta a praticarmos a comunhão com Deus pela oração e meditação, e é por ser tão imperativa esta obrigação aos nossos olhos que nos julgamos culpados de negligência grave de dever, se negligenciamos por um tempo considerável a prática da oração da manhã e à noite.

A fonte mais abundante de graças também é encontrada nos sete sacramentos da Igreja. Nossa alma é banhada com o sangue precioso de Jesus Cristo  na fonte do Baptismo, de onde saimos como “novas criaturas”. Estamos, então, ali  incorporados com Cristo, tornando-nos “osso dos seus ossos, carne da sua carne”, “pois tanto o quanto dentre vos”, diz o Apóstolo, ” fordes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo” (Gal 3. 27.) E como o Espírito Santo é inseparável de Cristo, nossos corpos são feitos os templos do Espírito de Deus e as nossas almas seu santuário. “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para que pudesse santificá-la, purificá-la pela lavagem da água, a palavra da vida, que ele poderia apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas que deve ser santa e sem defeito. “[Ef. 5, 25-27.]

Na Confirmação ou Crisma, recebemos novas graças e força nova para a batalha contra as tentações da vida.

Na Eucaristia somos alimentados com o Pão vivo que desceu do céu.

Pela Penitência são lavadas as manchas que se tenham contraídas após o Batismo.

Somos chamados para servirmos no ministério sagrado, ou ao estado conjugal , encontramos no sacramento da Ordem e Matrimónio graças amplas correspondentes com a condição de vida que adotamos.

E a nossa última doença é consolada por Extrema Unção, onde recebemos o socorro divino necessário para nos fortalecer  e restituir-nos à saúde ou purificar-nos antes de partirmos deste mundo.

Em outras palavras, a Igreja, como uma mãe atenta, acompanha-nos desde o berço até o túmulo, fornecendo-nos a cada passo com o remédio de vida e imortalidade.

Assim como  a Igreja oferece aos seus filhos os motivos mais fortes e mais poderosos meios para alcançarem a santidade da vida,  ela também colhe entre eles os frutos mais abundantes de santidade. Em cada época e país, ela é a mãe fecunda de santos. Nosso calendário eclesiástico não se limita aos nomes dos doze Apóstolos. Em nossos tempos, em todos os quadrantes do globo e em cada departamento da vida, a Igreja continua a suscitar santos dignos dos tempos primitivos do cristianismo

Se buscamos por Apóstolos, encontramo-los visivelmente entre os Bispos da Alemanha, por exemplo, que recentemente  exibiram na prisão e no exílio um heroísmo digno de Pedro e Paulo. Todos os anos registram-se as torturas de missionários católicos que morreram mártires da fé na China, Corea, e outros países pagãos. Entre seus confessores encontram-se sacerdotes dedicados que, abandonando casa e os laços familiares, anualmente saem a pregar o Evangelho em terras estrangeiras. Sem mencionar as religiosas consagradas que vivem em conventos servindo a Deus e orando pelo mundo.

Não se deve imaginar que, ao proclamar a santidade da Igreja, esteja-se tentando provar que todos os católicos são santos. Lamentavelmente,  há de se confessar que a corrupção dos costumes é muitas vezes encontrada entre os que professam católicos. Não podemos fechar nossos olhos para o fato doloroso que muitos deles, longe de viverem os ensinamentos de sua Igreja, são fontes de escândalo e melancolia. “Deve ser que escândalos vem, mas ai daquele por quem vem o escândalo”. Eu também admitir que o pecado dos católicos é mais odiosos à vista de Deus do que a de seus irmãos separados, porque eles abusam mais graça.

Mas deve-se ter em mente que nem Deus nem a Sua Igreja obrigam a consciência de qualquer homem. Pois tudo o que Ele diz, pela boca de seu profeta: “Eis que ponho diante de vós o caminho da vida eo caminho da morte.” (Jer. xxi. 8.) A escolha recai sobre si mesmos.

A Igreja, seguindo os passos de seu Esposo divino, nunca repudia pecadores, nem corta-os fora de seu rebanho, não importa quão grave ou notória podem ser suas delinqüências morais, não porque ela connives em seu pecado, mas porque ela deseja recuperá-los . Ela nunca os convida ao desespero, e tenta, pelo menos, enfraquecer suas paixões, se ela não pode completamente reformarem suas vidas.

Permissão é concedida para a reprodução deste e outros artigos do Blog. Pede-se a cortesia de adicionar  um link à fonte do Ecclesia Militans.

3 replies »

  1. meus queridos,onde diz na biblia que a igreja catolica é santa,igreja não é um predio grande cheio de imagens feitas pelas mãos dos homens,mas sim de pessoas fiéis ao senhor,e conhecendo o senhor como seu unico e sufucuênte salvador,sem idolatria a nenhuma imagens, o crente ele é fiél ao senhor pois ele segue o que diz a palavra,e não a doutrina do homem,e reconhecemos que toda glória e adoração é do senhor nosso DEUS.ISAIAS 42 VS. 8 DIZ : EU SOU O SENHOR E NÃO HÁ OUTRO ALÉM DE MIM,ELE DIZ SÓ ELE É DEUS, o crente crer no DEUS vivo, não os que tem pés e não anda,tem mãos e não apalpa ,temolhos e não ver,tem nariz e não cheira,torne-se a eles os que fazem e adoram. uma dos motivo da igreja catolica não ser santa porque ela vendia indulgência,legociava o que deus dá de graça

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    • Irmão alexandre,
      Obrigada pelo comentário. O blog está de ferias. No meh retorno, responderei a todos.

      Lembre-se porém, Cristo é Santo. Por isso sua Igrejamilitante tb o é. pois ele fundou-a ao escolher os 12 apostolos.

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